quarta-feira, 1 de abril de 2009

Artigo produzido com base no estudo “As emoções como mediadoras da aprendizagem”

AS EMOÇÕES DENTRO DO TRIPÉ PAIS/ESCOLA/ALUNOS

Alguns autores famosos da educação tem retratado em suas teorias, formas de como o ser humano aprende.Paulo Freire, valoriza os conceitos de Alfabetização e Letramento, considerando que a leitura de mundo precede a leitura da palavra. Concordo plenamente com a afirmação Freireana, porém existe um caminho que precisa descoberto. Como fazer para que as crianças aprendam? É aí que entra o estudo de Henri Wallon, este que entende a pessoa como síntese das experiências vividas entre o orgânico e o social. Analisando este conceito, a criança traz para a escola toda uma bagagem adquirida no espaço familiar, revelando no âmbito escolar suas emoções e seu modo de tratar as pessoas.
Muitos dos alunos são proficientes de berços desestruturados, carentes de afeto, o que implica no educador, agir em sua prática de ensino com uma pitada de carinho, não significando claro, ter que estar abraçando ou mostrando outras atitudes do gênero, mas de saber por meio da palavra, conquistar o respeito e a autonomia diante da turma.
Existe um dado em toda essa história que também precisa ser mencionado. O educador também passa por momentos complicados em sua vida, levando para a sala de aula suas emoções fragilizadas, acarretando muitas vezes um clima de desordem, já que não recebe a atenção e a compreensão dos alunos que necessita no dado momento.
Importante ressaltar que, o mundo não para, está em constante evolução e as tecnologias a cada dia crescem mais, exigindo que nós busquemos a apropriação das mesmas, nos adaptando às reais mudanças que também se inserem no campo das relações pessoais, cobrando de nós habilidades para que possamos nos relacionar com aqueles que nos cercam.
Creio que todo o meio social, encontra-se hoje em “dificuldades”, assim poderia dizer, porque falta o fator sensibilidade. Já não há preocupação com a necessidade do próximo, vive-se uma vida mecânica, onde todos buscam passar por cima de tudo e, com nós educadores não difere muito.Achamos que a criança ao entrar na sala de aula deve ficar paralisada, devendo estar atenta a cada piscar de olhos do professor, e se de fato, formos observar, em decorrência da chuva de mídias que circundam o mundo social da criança, aquilo que grotescamente tentamos ensinar, não é absorvido por elas.
Contudo, devemos habilmente entender que, as emoções na aprendizagem tão defendidas por Wallon, tem papel imprescindível no processo de desenvolvimento da personalidade, portanto, a afetividade deve ocorrer de modo recíproco dentro do tripé Família/Escola/Alunos, para que haja uma aprendizagem significativa, capaz de estimular a criança a fazer uso daquilo que aprende na escola dentro de seu cotidiano
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